domingo, 31 de março de 2013

Violeta de Outono




Violeta de Outono
(Violeta de Outono – 1987)

                Lançado pela PLUG, uma extensão da RCA VICTOR, esse álbum marca o debut fonográfico dessa banda em formato long play (pois um ano antes pela selo Wop Bop, o Violeta de Outono lançou um EP com três músicas), que de forma muito esporádica e irregular lançou disco até 2012. Bem documentada na internet e no YouTube®, Violeta de Outono é uma grande banda que pouca gente conhece, especialmente esse primeiro álbum (homônimo). Na Wikipédia® tem a indicação de que Violeta de Outono é pós-punk/psicodélica. EU prefiro dizer que seu som se aproxima do progressive rock, embora nesse primeiro disco não tenham teclados. Mas esse negócio de classificar estilos é carregado de idiossincrasias e eu deixo cada pessoa livre para classificar do jeito que ela bem entender.

                O meu LP está em excelente estado e com o encarte muito bem conservado. Nesse encarte há as letras e a ficha técnica, incluindo os nomes de todos os técnicos envolvidos durante o processo de gravação. Uma informação importante é a autoria das músicas, sendo todas elas compostas pelo trio Angelo Pastorello, Cláudio Souza e Fábio Golfetti.

                Meus destaques vão pras músicas “Declínio de Maio” (Pastorello, Souza & Golfetti) e o cover muito bem executado de “Tomorrow Never Knows” (Lennon & McCartney), que está pegada com a faixa “Sombras flutuantes”. Leiam o trecho da Wiki onde se faz a crítica desse LP e entendam o que eu quero dizer sobre o cover dos Beatles: http://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_Outono.

                Aqui um breve release deste LP no site da própria banda: "Primeiro LP lançado pelo Violeta de Outono em 1987. A banda desenvolveu sua sonoridade característica com suas passagens climáticas, psicodélicas e orientais".

                Sem mais delongas, eis o link do arquivo no 4shared. Fotos: http://violetadeoutono.com

http://www.4shared.com/dir/ymEo9oPK/Violeta_de_Outono.html




sábado, 23 de março de 2013

Qual o critério de “raridade” afinal?


“Ah, mas tem em CD”, “Ah, mas tem pra baixar em MP3”, “Ah, mas tem no YouTube®”.

Essas são as três argumentações que mais ouço quando as pessoas questionam os critérios de raridade de um disco que posto neste blog. Realmente nos dias de “hoje” (desde 2003 de forma mais efetiva) quase tudo de ordem musical pode ser encontrado na internet. No YouTube® existem os “full album” aos montes, por exemplo. Mas não me venha com esse papo de que “tem em MP3” para desmerecer uma raridade que eu desfaço esse assunto em cinco minutos e ainda faço o interlocutor passar vergonha por vir com argumentação pífia.

Simples raciocínio lógico: se existem MP3 das obras e se existem vídeos “full album” no YouTube®, porque é que se cobram os olhos da cara pelos LP´s originais em sebos, lojas online etc.? Pelo fato de que eu já expliquei isso no primeiro texto desse blog e repetirei aqui: “os critérios – de raridade - são basicamente três: tiragem, distribuição e vendagem”. Ou seja: pouco importa de você tem os MP3 do Paêbirú (1975) até porque TODO mundo tem (inclusive eu vou postar esse LP (que baixei da internet, claro) do Lula Côrtes & Zé Ramalho aqui no blog), mas eu duvido que você tenha o LP original (avaliado entre R$3.000,00 a R$ 4.000,00).

Raridade é isso.

Um exemplo real: o disco Paranormal Songs (2012) da banda manauara Malbec. Tem lá no próprio site da banda os MP3 para baixar, tem no YouTube® o “full album” e o lançamento é MUITO recente. Não sei se foram prensados CD´s, mas LP´s foram prensadas 500 unidades. Ou seja: o negócio já nasceu raro, pela baixa quantidade de cópias feitas (tiragem), pela distribuição (que até onde eu saiba foi quase nula) e pela vendagem (quase nula também). Minha cópia em LP mesmo não foi comprada, ganhei de presente do meu amigo Jorge Bandeira. É um disco extremamente bem feito, produzido de forma bacana e com canções muito boas como a minha faixa predileta “Fitas Livres”. Vou disponibilizar o meu release deste disco, o link da banda com o download do álbum completo e o link do 4shared com minha digitalização do Paranormal Songs.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Viagem Cigana




Grupo Cata Luzes
(Viagem Cigana – 1983)

                Produzido e lançado de forma independente esse álbum, à época, quase nada representou frutos (bons ou ruins) para o Grupo de músicos Sergipanos. Por volta de 25 após seu lançamento, esse álbum é super-festejado e a musica “Cheiro da Terra” virou uma espécie de hino não oficial de Aracaju. Relançado em CD e bem documentada no YouTube®, alguém pode questionar a raridade dessa inclusão aqui neste blog e que eu a defendo de modo aguerrido: quem, fora os Sergipanos (não todos, obviamente), ouviu/viu falar no Grupo Cata Luzes?

                Esse disco (Viagem Cigana) é muito bem produzido. À época, os músicos se picaram de Aracaju para o Rio de Janeiro, posto que em Aracaju seria impossível se conseguir fazer um registro fonográfico decente (estamos falando de 1983). Com direção artística de Paulo Moura (que também tocou sax e clarineta em várias faixas), meu disco está como novo, a contra capa trás fotografias do grupo e ficha técnica completa; o encarte/envelope do LP trás mais fotografias e as letras das músicas. Apesar de produção independente o disco/álbum foi patrocinado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese). 

                O estilo do disco está bem próximo do que Sá, Rodrix & Guarabira fizeram durante seus estradares. Adicione um pouco (mas muito pouco mesmo) do Clube da Esquina (Milton Nascimento & Lô Borges) e teremos o Viagem Cigana. Mas onde está a novidade, então? A novidade reside justamente no fato de que as composições NÃO lembram nada do Nordeste seco, dos sertões, das caatingas... “Maracujaba” e “Ilhas-Olhos” remetem a um Nordeste que não povoava (povoa) o imaginário coletivo da maioria dos habitantes do resto da Brasil. A leveza poética das letras, acompanhada da beleza rítmica da música muito bem executada (e orquestrada pelo Paulo Moura) dão o tom certeiro de um LP que se não entrou na história do cancioneiro Brasileiro, entrou na história de muitos Sergipanos.

                        Sem mais delongas, eis o link do arquivo no 4shared. Fotos: internet.

http://www.4shared.com/dir/i0yviVuN/Viagem_Cigana.html







sábado, 16 de março de 2013

Meu nordeste em disparada




Meu nordeste em disparada
(canta Carmelita do Trio Caruaru – 1974)

                Lançado pelo selo PREMIER em 1974, meu exemplar desse disco vem sem nenhum encarte com maiores explicações sobre a banda em formato de releases. A contra capa vem somente com a lista das músicas e os seus respectivos autores. Na internet quase não há informações sobre a banda (Trio Caruaru) ou sobre a cantora (Carmelita).

                Resta-me fazer uma pequena preleção do LP e vocês, nobres leitores, façam o julgamento do disco, sua qualidade artística e de 0 a 10, digam o quanto esse disco é raro.

                Uma mistura muito doida de samba-rock, jovem guarda e diversos ritmos nordestinos. Tentar definir um estilo único para esse disco/banda é tarefa inglória. As letras são ora de duplo sentido, ora ufanistas, ora tolas (como tendência da jovem guarda). Entretanto duas coisas são muito boas no disco: a música e o sotaque “carregado”, porém delicioso da Carmelita.

                Sem mais delongas, eis o link do arquivo no 4shared. Fotos by André Teixeira.






sexta-feira, 15 de março de 2013

O que faz um disco ser raro?

Alguns critérios:


- ser antigo pouco tem a ver com raridade; Caribou (1974) do Elton John é mais antigo que Viagem Cigana (1983) do Cata Luzes, mas MUITO menos raro que o LP da banda sergipana - agora se o disco for MUITO antigo, com 78 rotações ou discos de cera de carnaúba (discos com mais de 60, 70 anos)... aí a coisa muda de figura (ver critérios abaixo);


- tiragem de cópias, distribuição e vendagens: discos que foram lançados aos milhões raramente tem valor comercial alto; um disco que foi lançado pouco exemplares e teve distribuição e vendagem pífias será considerado raro;


- os critérios são basicamente esses três: tiragem, distribuição e vendagem; pq Thriller (1983) do Michael Jackson, apesar de ser muito bom, não é raro? pq foi "despejado" 1 bilhão de cópias, no mundo todo e foi sucesso de vendagens; diferente do Paêbirú (1975) do Lula Cortês & Zé Ramalho que foram prensadas poucas cópias, a maioria dessas se perdeu numa enchente em Recife e praticamente nenhum disco foi vendido à época;


- é comum as pessoas leigas acharem q o primeiro LP da Xuxa é valioso, só pq é um LP e tem quase 30 anos: não é bem assim...


Amanhã começo os posts valendo.