“Ah, mas tem em CD”, “Ah, mas tem
pra baixar em MP3”, “Ah, mas tem no YouTube®”.
Essas são as três argumentações
que mais ouço quando as pessoas questionam os critérios de raridade de um disco
que posto neste blog. Realmente nos dias de “hoje” (desde 2003 de forma mais
efetiva) quase tudo de ordem musical pode ser encontrado na internet. No
YouTube® existem os “full album” aos montes, por exemplo. Mas não me venha com
esse papo de que “tem em MP3” para desmerecer uma raridade que eu desfaço esse
assunto em cinco minutos e ainda faço o interlocutor passar vergonha por vir
com argumentação pífia.
Simples raciocínio lógico: se
existem MP3 das obras e se existem vídeos “full album” no YouTube®, porque é
que se cobram os olhos da cara pelos LP´s originais em sebos, lojas online
etc.? Pelo fato de que eu já expliquei isso no primeiro texto desse blog e repetirei
aqui: “os critérios – de raridade - são basicamente três: tiragem, distribuição
e vendagem”. Ou seja: pouco importa de você tem os MP3 do Paêbirú (1975) até
porque TODO mundo tem (inclusive eu vou postar esse LP (que baixei da internet,
claro) do Lula Côrtes & Zé Ramalho aqui no blog), mas eu duvido que você
tenha o LP original (avaliado entre R$3.000,00 a R$ 4.000,00).
Raridade é isso.
Um exemplo real: o disco
Paranormal Songs (2012) da banda manauara Malbec. Tem lá no próprio site da
banda os MP3 para baixar, tem no YouTube® o “full album” e o lançamento é MUITO
recente. Não sei se foram prensados CD´s, mas LP´s foram prensadas 500
unidades. Ou seja: o negócio já nasceu raro, pela baixa quantidade de cópias
feitas (tiragem), pela distribuição (que até onde eu saiba foi quase nula) e
pela vendagem (quase nula também). Minha cópia em LP mesmo não foi comprada,
ganhei de presente do meu amigo Jorge Bandeira. É um disco extremamente bem
feito, produzido de forma bacana e com canções muito boas como a minha faixa
predileta “Fitas Livres”. Vou disponibilizar o meu release deste disco, o link
da banda com o download do álbum completo e o link do 4shared com minha
digitalização do Paranormal Songs.
Dentre os mais raros do rock de Manaus, cito, sem medo de errar, "Vozes do Inferno" do grupo Flash. Primeira banda de rock manauara a gravar um vinil. Na época de seu lançamento, este disco encalhava nas prateleiras das lojas de discos. Hoje em dia, eu conheço uns dois colecionadores na cidade que o possuem. Eu sou um desses sortudos.
ResponderExcluirEssa histórias são sempre deliciosas, Mário... infelizmente quando a "era" dos LP's estava começando a desmoronar eu estava começando a criar minha identidade musical, de forma que tenho muito mais CD´s que LP's.
ResponderExcluirMas ainda bem que fui contaminado com esse afã maravilhoso que é o colecionismo de vinis.
Abraços.