domingo, 21 de abril de 2013

Alegria, Alegria !!!!




Wilson Simonal
(Alegria, Alegria!!! – 1967)

                Sempre é ótimo escrever sobre o Wilson Simonal, sem ter que dar um viés político ao papo. No máximo irei falar na “CarlosImperialização” da música nacional e suas implicações sobre a obra do Simonal e desse LP em especial. Para os FARISEUS musicais que entendem TUDO de Indie Rock e nunca ouviram falar em Carlos Imperial, ele foi um dos principais agitadores do movimento Jovem Guarda, produtor de quase todos os grandes nomes desse movimento e já no início do fim de sua “carreira”, o “Gordo” (apelido do Imperial, segundo Nelson Motta), ganhou uma sobrevida com a super promoção em torno do Wilson Simonal.

                Esse disco é uma mistura de show com auditório cantando junto com elementos vocais intervindo nas canções de uma forma que eu particularmente acho ... estranha (talvez o traço mais evidente da “CarlosImperialização” da obra do Simonal – para dar ares de produção popularoide). Com uma mistura de canções de domínio popular como “Os escravos de Jó” e “Para Pedro” e canções sem apelo POP como “Remelexo” (do Caetano Veloso). Aqui eu coloco entre aspas um trecho da Wikipédia que fala sobre o Alegria, Alegria!!! (1967): “O disco era pilantragem pura, com várias cantigas de roda, palmas, muita gente no estúdio durante a gravação...”. Com todas as músicas muito bem orquestradas pelo “Cezar Mariano”, que acredito ser o “César Camargo Mariano”, esse álbum tem uma estrutura clara e um começo, meio e fim. Minha faixa predileta é, obviamente, “Nem vem que não tem”.

                Sem mais delongas, eis o link do arquivo no 4shared. Fotos: internet.

http://www.4shared.com/dir/wK6bDvhm/Alegria_Alegria.html





domingo, 14 de abril de 2013

Krishnanda



Pedro Santos
(Krishnanda - 1968)
por Lys Araújo

PEDRO SANTOS ou PEDRO SORONGO (02/10/1919 - 23/02/1993), percussionista, inventor de instrumentos, compositor, poeta, filósofo, artista plástico, performer, visionário, foi o precursor de tudo que você vê hoje em dia com a percussão: a pesquisa, a experimentação, a liberdade.

Tocou e gravou com grandes artistas da música brasileira: de Jacob do Bandolim e Pixinguinha a Milton Nascimento, passando por Canhoto, Severino Araújo & Tabajara, Waldyr Azevedo, Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Candeia, Baden Powell, Sebastião Tapajós, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Paulinho da Viola ... até Paul Simon! Teve suas músicas gravadas por Altamiro Carrilho, Ângela Maria, Elza Soares, Canhoto, Baden Powell, Sebastião Tapajós, Os Baluartes, Época de Ouro e Raul de Barros.

Mais informações sobre vida e obra do Pedro Sorongo em: http://www.pedrosorongo.blogspot.com

O seu único LP solo, 'KRISHNANDA' (1968), com arranjos de Pachequinho e produção de Hélcio Milito, um disco totalmente experimental, de cunho 100% filosófico-espiritual, nem um pouco comercial, ficou esquecido por décadas ... Nele, meu pai, teve total liberdade de ação para criar, ousar, experimentar, usar seus instrumentos únicos, com variações timbrísticas e polifonia totalmente inéditas e inusitadas. Além de poder cantar suas próprias composições, né?!

Graças à internet e aos pesquisadores viciados por discos de vinil, esse LP foi 'redescoberto' pela nova geração ... (sempre me surpreendo com a idade dos fãs do meu pai!) ... acho que isso vai de frente ao vanguardismo dele. É uma consequência natural: ele adorava estar entre os jovens.

Meu pai não tinha bandeiras, era avesso aos 'ismos' ... E para ele, a boa música não tinha nacionalidade, nem idioma ... O que importava era a liberdade, criatividade, respeito. Meu pai seguiu criando até o fim da sua vida.

(Lys Araújo)

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Curtam a FanPage do Pedro Sorongo no facebook: https://www.facebook.com/pages/Pedro-Sorongo/178211742217584

Para quem quiser ouvir o Krishnanda “full album” pelo YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=DRk-4WdsN9w

Sem mais delongas, eis o link do arquivo no 4shared. Fotos: internet.

http://www.4shared.com/dir/OPZeJ_GT/Krishnanda.html









sábado, 6 de abril de 2013

Espelho Cristalino




Alceu Valença
(Espelho Cristalino – 1977)

Lançado pela Som Livre, em 1977, sob a produção do Guto Graça Mello, esse é o quinto LP do Alceu, sendo o terceiro LP solo, depois do “Molhado de suor” (1974) e “Vivo” (1976). Informações pormenorizadas sobre cada disco de sua carreira e ficha técnica completa estão disponíveis no endereço: http://www.alceuvalenca.com.br/ na aba “obra”. Vale muito a pena conferir o site.

                Meu LP está muito bem conservado, tanto o disco em si quanto o encarte e a capa. Curiosas são duas anotações na contra capa: uma sobre a comemoração do centenário do som gravado (1877-1977) e uma pequena anotação assim “Censura: Protocolo Geral nº 4129”. Até onde eu pude me informar, esse disco do Alceu não sofreu nenhuma censura ou corte ou modificação artística. “Espelho Cristalino” tem como característica marcante o “experimentalismo psicodélico nordestino” mais exacerbado, pois Alceu Valença já era um nome grande na Som Livre e nesse disco teve a chance de colocar seus toques pessoais de forma mais “independente”. Meus destaques pessoais vão pra faixa “Dança das Borboletas”, a faixa título “Espelho Cristalino” e a faixa de abertura do LP “Agalopado”.

                Para quem é fã “Best of” do Alceu, este álbum é altamente não recomendado, pois não tem nenhum grande sucesso de trilha sonora de novela. Vindo da experiência pretérita de tocar com Lula Côrtes e Zé Ramalho no mitológico disco Paêbirú (1975) e mesclando ritmos nordestinos à psicodelia musical, A. Valença pari “Espelho Cristalino”, com oito faixas. Tecer comentários sobre as músicas, aqui, é tarefa inútil, pois Alceu não segue uma linha rítmica óbvia, passando desde o “frevo”, pelo “maracatu” até chegar a um cross country from USA – na faixa título deste álbum - com toques da musicalidade regional do Nordeste.

                Sem mais delongas, eis o link do arquivo no 4shared. Fotos: internet.

http://www.4shared.com/dir/GrEYCnem/Espelho_Cristalino.html